Aconselhamento Parental
Os filhos quando nascem, não trazem consigo nem manuais de instruções, nem certificados de garantia. Talvez por isso os pais sejam inundados por bons conselhos, por receitas de como serem bons e melhores pais. Mas não é fácil ser-se pai ou mãe, talvez ainda mais nos dias de hoje, onde tudo teima a acontecer a um ritmo demasiado rápido e tantas vezes à distância de um clique. Com tantas solicitações, muitas vezes é difícil dar atenção ao essencial.
Um dos problemas que muitos pais enfrentam é fazer com que as crianças façam aquilo que tem que ser feito, nos tempos em que tem de ser feito. Se isto se converte numa batalha constante, a vida familiar corre o risco de se transformar num caos. Com facilidade a frustração e a culpa poderão povoar a cabeça e o coração dos pais, e fazer com que oscilem entre serem pais “demais” e pais “demenos”.
Outra fonte comum de insatisfação ocorre quando os pais se apercebem que estão a cometer erros que haviam jurado a eles mesmo que nunca cometeriam…até porque todos os pais foram em primeiro lugar filhos…..Quando não expressos e geridos adequadamente, estes sentimentos de culpa e incerteza podem gerar conflitos e impor o desânimo quer nos pais, quer nos filhos.
…o que isto, então, de aconselhamento parental?
O aconselhamento parental constitui uma ferramenta de ajuda a pais na gestão das dificuldades na relação pais-filhos e na promoção de competências, de modo que os pais se sintam mais confiantes e capazes nesse papel.
Tal pode passar por informar acerca das diversas etapas pelas quais os filhos e as famílias atravessam, ajudar a compreender o que é normal e o que não é, desenvolver competências de relacionamento e de gestão de conflitos, ou ajudar os pais a compreender o que os seus filhos precisam, em alturas específicas.
Evitar respostas parentais ineficazes, aprendendo formas mais eficazes de lidar e gerir o comportamento dos seus filhos, constitui um aspeto muito importante do aconselhamento. Paralelamente, aprender a reconhecer, a gerir e a expressar adequadamente a raiva, a culpa, a tristeza e a insegurança que se impõem em períodos de crise e que, na maioria das vezes, os prolongam, pode fazer a diferença.
É ainda importante ajudar os pais a perceber e aceitar que é muito mais fácil ser-se pai na teoria do que na prática...
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