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Terapia Familiar

Terapia Familiar

O que é a Terapia Familiar?

Se é verdade que cada família tem as suas particularidades, também é verdade que, como unidade que é, o que acontece com cada elemento afeta todos os outros e o que ocorre no seu seio afeta cada um em particular.

Por contraste com as Terapias Individuais, que incidem sobre o que se passa dentro do indivíduo, as Terapias Familiares valorizam o que acontece entre os vários membros da família, a forma como comunicam, os papeis que ocupam uns para com os outros, os objetivos que os unem ou separam.

Nem sempre as famílias procuram ajuda em conjunto, queixando-se da forma como funcionam. Pode acontecer alguém procurar ajuda, ou ser trazido até essa ajuda, por causa de determinado sintoma, e depois tornar-se claro que o sintoma dessa pessoa está enquadrado no funcionamento familiar e por esse motivo necessita de uma modalidade de intervenção de caráter sistémico/familiar. Nestes casos, é o terapeuta quem poderá fazer a proposta. No geral, a Terapia Familiar visa uma mudança no funcionamento familiar e qualquer problema que afete este funcionamento, pode e deve ser trabalhado.

Em que situações está indicada?

Não existem famílias perfeitas, mas quando o sofrimento e a insatisfação ocupa um lugar crescente no dia-a-dia da família é importante que se pondere a possibilidade de se ensaiarem soluções novas, com o apoio de técnicos especializados na ajuda a famílias.

São muitas as circunstâncias que podem motivar a vinda à terapia familiar designadamente: pais com desacordos crescentes na forma de educar os filhos; confronto com a doença (física ou mental) de um dos elementos da família; sentimentos de sobrecarga; necessidade de reajustamento à perda de um elemento (temporária ou permanente); quando mais do que um elemento da família precisa de ajuda terapêutica em simultâneo;  afastamento crescente entre os elementos ou falta de diálogo.

Como se processa e com que objetivos?

As consultas nesta modalidade de intervenção podem envolver todo o sistema familiar ou apenas alguns dos seus elementos. Podem igualmente ser convocados outros elementos, se a família e terapeutas assim o entenderem, dependendo dos objetivos da sessão.

O processo terapêutico tem início com a realização de uma ou mais entrevistas com os elementos da família para identificar o(s) problema(s) e esclarecer o pedido. Pode ser importante efetuar entrevistas individuais. Posteriormente é acordado um plano de intervenção com a família. As sessões são geralmente espaçadas com um intervalo de 3 a 4 semanas e podem integrar um ou dois terapeutas familiares.

Os encontros terapêuticos procuram levar as famílias a trabalhar a sua relação, a comunicar de forma mais eficaz, colocando em evidência as competências da própria família e ativando a sua participação na resolução dos problema.

Se para as famílias a crise é vista como algo indesejável, na terapia familiar é encarada como uma oportunidade para ensaiar os caminhos da mudança. O papel dos terapeutas é sobretudo o de funcionarem como ativadores  das potencialidades  das famílias. Um meio privilegiado para produzir intervenção é por via do questionamento. Tal irá ajudar a descobrir “outras fotografias e a criar outros álbuns de família, sem ter que deitar fora ou queimar os velhos” (Alarcão, 2000)

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